O desafio do manejo florestal sustentável, da pesquisa científica e da comunicação foram centrais no debate da Conferência IUFRO 2023 América Latina
A abertura do evento foi mediada por Martín Sánchez Acosta (INTA Concordia, Argentina), e contou com a presença de membros do Comitê Organizador e Científico da conferência IUFRO América Latina, que destacou a importância de uma programação diversificada para refletir sobre o manejo sustentável nas florestas • nativos e plantações florestais para produção de madeira. Também foi valorizada a relevância desses espaços como oportunidade de networking e debates sobre o desenvolvimento de práticas coerentes com a sustentabilidade.
De 17 a 19 de outubro, a cidade de Curitiba sediou a Conferência IUFRO 2023 América Latina, evento em que foi debatida a gestão sustentável da paisagem: o papel das florestas, das árvores, dos sistemas agroflorestais e suas interações com a agricultura.
Foi organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio de sua Unidade Embrapa Florestas, e pela União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO).
Durante esses três dias, especialistas da América Latina debateram temas que foram abordados desde a análise envolvendo florestas em contextos globais e regionais, até propriedades rurais.
A Conferência reuniu diferentes especialistas da região, desde formuladores de políticas públicas e cientistas até ao sector privado e comunidades rurais.
Foram organizados seis painéis que abordaram:
• • Madeira sustentável para um mundo sustentável (programa FAO/ONU);
• • Florestas plantadas com espécies nativas e exóticas em propriedades rurais;
• • Manejo florestal sustentável em microbacias hidrográficas, incluindo regulação do fluxo de água, corredores ecológicos e indicadores de biodiversidade;
• • Mosaicos florestais sustentáveis na paisagem;
• • Gestão de florestas naturais, incluindo florestas secundárias e restauração florestal para promover a bioeconomia;
• • E sistemas integrados de produção agrícola, sistemas agroflorestais e integração lavoura-pecuária-floresta.
Além dos painéis, também foram apresentados 150 trabalhos científicos com resultados de pesquisas sobre os temas propostos para a Conferência IUFRO 2023 Latin America.
O que é gestão paisagística?
A paisagem pode ser definida como um conjunto de áreas contíguas, espacialmente heterogêneas e interativas, onde a cobertura do solo (florestas, por exemplo) coexiste com diferentes usos do solo (agricultura, por exemplo).
Abrange grupos rurais e urbanos e seus limites ultrapassam as propriedades e limites das áreas de conservação.
Normalmente, são analisados no contexto de unidades como bacias hidrográficas, em diferentes escalas espaciais. Uma paisagem sustentável é aquela em que a maioria dos processos ecológicos e produtivos são regidos por preceitos que levam à qualidade duradoura e cumprem as regulamentações e legislações ambientais.
Revalorizando a Engenharia Florestal
Os discursos de abertura abordaram a importância do uso e da conscientização da madeira como matéria-prima renovável e sustentável.a
A discussão de temas relacionados a iniciativas que buscam configurar paisagens resilientes em benefício das comunidades e da biodiversidade, marcou o início da Conferência IUFRO 2023 América Latina.
Mediado por Martín Sánchez Acosta (INTA, Argentina), a abertura do evento contou com a presença do Comitê Organizador e Científico da conferência, que destacou a importância de um programa diversificado para refletir sobre o manejo sustentável em florestas naturais e plantadas, além de a relevância de encontros como o IUFRO 2023 como oportunidade de networking e debates sobre o desenvolvimento de práticas consistentes com a sustentabilidade.
Os diferentes usos das florestas para produção de madeira foram os temas emergentes da cerimônia de abertura, com destaque para Breno Campos, que representou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, na cerimônia.
No contexto da gestão sustentável, foi destacada a importância da Engenharia Florestal pela agregação de matérias-primas na construção, mobiliário, entre outros produtos em que a madeira é utilizada.
A gestão territorial em grandes paisagens ou propriedades rurais foi discutida pelo presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, José Carlos Dias Lopes, que explicou o impacto positivo da gestão territorial para a conservação da biodiversidade e, consequentemente, para melhor qualidade de vida da população. Dias Lopes aproveitou para divulgar a necessidade de agrupar áreas rurais e urbanas para a conservação ambiental em solos heterogêneos e interativos.
O desafio de alcançar florestas geridas de forma sustentável
O Brasil desempenha um papel importante na descontaminação do meio ambiente por meio do manejo sustentável, essencial para a biossegurança, principalmente em relação às pesquisas com organismos geneticamente modificados, destacada por Erich Schaitza, diretor-geral da Embrapa Florestas, como uma alternativa tecnológica assertiva para aumentar a produtividade dos recursos naturais. e florestas plantadas.
As florestas, geridas de forma sustentável, tornam-se fontes de geração de energia, construção de produtos madeireiros e crescimento económico, fruto da cooperação nacional e internacional.
O melhoramento genético, a plantação de árvores para neutralizar as emissões de carbono, novas utilizações de florestas plantadas com matérias-primas renováveis e sustentáveis e a necessidade de criar uma comunicação organizada com a sociedade, foram alguns dos temas considerados urgentes pelos presentes.
Aliadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as florestas são essenciais para combater a fome, melhorar a agricultura e a produção responsável, afirmou o diretor administrativo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná CREA – PR, João Groque.
O director destacou a formação de engenheiros florestais para resolver problemas técnicos da paisagem e minimizar os impactos da actividade industrial no ambiente, além de obter recursos económicos arrecadados dentro dos regulamentos de licenciamento.
A investigação científica “é crucial”
A Conferência IUFRO 2023 se destacou por incentivar o progresso ambiental, ao propor a troca de ideias, participação em grupos de trabalho e reflexões sobre soluções que promovam o bem-estar da humanidade, como cita Yeda Malheiros de Oliveira, pesquisadora da Embrapa Florestas e presidente. do evento.
Oliveira destacou também as extensas pesquisas realizadas pela Embrapa em relação aos benefícios e impactos das e sobre as florestas, e a necessidade de trabalhar em conjunto com a pesquisa científica, pensamento também validado pela vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz.
Ambos destacaram a necessidade de construir estratégias conjuntas entre universidades, instituições públicas, setores produtivos públicos e privados, que contribuam para o crescimento do país através de uma aliança sólida.
Na abertura da Conferência também foi proposta a promoção de inter-relações com outros países, destacada pela presença de palestrantes internacionais e pela participação da Coordenadora do Programa de Desenvolvimento de Capacidades da IUFRO, Janice Burns, que reafirmou a importância da conexão entre profissionais florestais , cientistas e decisores políticos de desenvolvimento.
Também foram abordados outros temas, como o desenvolvimento tecnológico para promover a gestão ambiental, a estreita relação entre plantação, produção, consumo e economia, e a importância dos incentivos financeiros de empresas privadas e organizações públicas para o progresso do setor, destacando a necessidade de impostos de incentivo condizentes com cada modo de produção, como já é realidade em outros países.
Comunicação, a fragilidade florestal da região
O diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, levantou um ponto crucial: a falta de informação da população sobre o uso da madeira, já que grande parte da sociedade relaciona a derrubada de qualquer árvore com o problema do desmatamento, mas a silvicultura a própria produção é realizada em bases técnicas e práticas sustentáveis.
A conscientização sobre essas diferenças é importante para mudar os hábitos de consumo e para que a população também atue exigindo maior agilidade na implementação das leis.
Por fim, a cerimônia também marcou a entrega de menção honrosa da Embrapa Florestas à Rede Mulher Florestal, pelo seu trabalho em prol da igualdade e equidade de gênero, proporcionando crescente alinhamento do setor florestal brasileiro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente ao ODS 5 ( igualdade de gênero).
encontro IUFRO 2023 foi organizado pela Embrapa e pela União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), com o patrocínio do Centro das Indústrias Madeireiras do Estado de Mato Grosso (Cipem)/Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) e Berneck.
Também contou com o apoio do mestrado da Fundação Araucária, Governo do Estado do Paraná, Capes e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR); Serviço Florestal Brasileiro, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual de São Paulo Júlio de Mesquita Filho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Unicentro, Instituto de Engenharia do Paraná, Sociedade Brasileira Engenheiros Florestais, Klabin, Boulle Móveis, e sustentável e a necessidade de criar uma comunicação organizada com a sociedade, foram alguns dos temas considerados urgentes pelos presentes.
Aliadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as florestas são essenciais para combater a fome, melhorar a agricultura e a produção responsável, afirmou o diretor administrativo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná CREA – PR, João Groque.
O director destacou a formação de engenheiros florestais para resolver problemas técnicos da paisagem e minimizar os impactos da actividade industrial no ambiente, além de obter recursos económicos arrecadados dentro dos regulamentos de licenciamento.
A investigação científica “é crucial”
A Conferência IUFRO 2023 se destacou por incentivar o progresso ambiental, ao propor a troca de ideias, participação em grupos de trabalho e reflexões sobre soluções que promovam o bem-estar da humanidade, como cita Yeda Malheiros de Oliveira, pesquisadora da Embrapa Florestas e presidente. do evento.
Oliveira destacou também as extensas pesquisas realizadas pela Embrapa em relação aos benefícios e impactos das e sobre as florestas, e a necessidade de trabalhar em conjunto com a pesquisa científica, pensamento também validado pela vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz.
Ambos destacaram a necessidade de construir estratégias conjuntas entre universidades, instituições públicas, setores produtivos públicos e privados, que contribuam para o crescimento do país através de uma aliança sólida.
Na abertura da Conferência também foi proposta a promoção de inter-relações com outros países, destacada pela presença de palestrantes internacionais e pela participação da Coordenadora do Programa de Desenvolvimento de Capacidades da IUFRO, Janice Burns, que reafirmou a importância da conexão entre profissionais florestais , cientistas e decisores políticos de desenvolvimento.
Também foram abordados outros temas, como o desenvolvimento tecnológico para promover a gestão ambiental, a estreita relação entre plantação, produção, consumo e economia, e a importância dos incentivos financeiros de empresas privadas e organizações públicas para o progresso do setor, destacando a necessidade de impostos de incentivo condizentes com cada modo de produção, como já é realidade em outros países.
Comunicação, a fragilidade florestal da região
O diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, levantou um ponto crucial: a falta de informação da população sobre o uso da madeira, já que grande parte da sociedade relaciona a derrubada de qualquer árvore com o problema do desmatamento, mas a silvicultura a própria produção é realizada em bases técnicas e práticas sustentáveis.
A conscientização sobre essas diferenças é importante para mudar os hábitos de consumo e para que a população também atue exigindo maior agilidade na implementação das leis.
Por fim, a cerimônia também marcou a entrega de menção honrosa da Embrapa Florestas à Rede Mulher Florestal, pelo seu trabalho em prol da igualdade e equidade de gênero, proporcionando crescente alinhamento do setor florestal brasileiro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente ao ODS 5 ( igualdade de gênero).
encontro IUFRO 2023 foi organizado pela Embrapa e pela União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), com o patrocínio do Centro das Indústrias Madeireiras do Estado de Mato Grosso (Cipem)/Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) e Berneck.
Também contou com o apoio do mestrado da Fundação Araucária, Governo do Estado do Paraná, Capes e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR); Serviço Florestal Brasileiro, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual de São Paulo Júlio de Mesquita Filho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Unicentro, Instituto de Engenharia do Paraná, Sociedade Brasileira Engenheiros Florestais, Klabin, Boulle Móveis, Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, Câmara Municipal de Curitiba, Secretaria de Visitantes e Convenções de Curitiba.
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