
Desmatamento ilegal na Argentina
A situação mais grave ocorre nas províncias de Chaco e Santiago del Estero, segundo um novo relatório do Greenpeace
Em um relatório divulgado recentemente, o Greenpeace disse que detectou por meio do uso de imagens de satélite que durante o primeiro semestre do ano foram desmatados 51.600 hectares no norte da Argentina, 25% a mais do que no mesmo período de 2022. As províncias do norte, Chaco, Santiago del Estero, Formosa e Salta registram a maior área desmatada do país. “Devemos avançar na penalização do desmatamento ilegal”, diz Hernán Giardiani.
A organização ambientalista Greenpeace denunciou o aumento da área desmatada na Argentina durante o primeiro semestre deste ano, principalmente devido ao desmatamento ilegal.
“Foi detectado que durante a primeira metade do ano no norte do país foram desmatados 51.600 hectares, mais 25% do que no mesmo período de 2022 (41.332 hectares). A situação mais grave ocorre em Chaco e Santiago del Estero, onde a maior parte do desmatamento é ilegal”; aponta o relatório divulgado nesta quinta-feira, 27 de julho, pela ONG ambientalista internacional.
O aumento do desmatamento é preocupante e, principalmente, que a maior parte seja ilegal. Em Santiago del Estero, o governo desrespeita a Lei Florestal Nacional ao autorizar o desmatamento para pecuária em áreas onde não é permitido. Enquanto no Chaco a justiça provincial suspendeu o desmatamento no final de 2020, mas os tratores avançam cada vez mais. O governo controla pouco e é evidente que as multas não são suficientes para acabar com esse ecocídio. Penalizar o desmatamento ilegal parece ser a única solução”, afirmou Hernán Giardini, coordenador da campanha Florestas do Greenpeace.
A pesquisa da organização ambientalista, realizada por meio da comparação de imagens de satélite, estima que entre janeiro e junho de 2023 o desmatamento no Chaco atingiu 24.522 hectares; em Santiago del Estero 19.040 hectares; em Formosa 5.804 hectares; e em Salta 2.234 hectares; totalizando 51.600 hectares.
O aumento do desmatamento é “preocupante e, sobretudo, que a maior parte seja ilegal”, diz Giardini.
“Em Santiago del Estero, o Governo viola a Lei Florestal Nacional ao autorizar o desmatamento para pecuária onde não é permitido. Enquanto no Chaco a Justiça provincial suspendeu o desmatamento no final de 2020, mas os tratores avançam cada vez mais. O Governo controla pouco e é evidente que as multas não chegam para acabar com este ecocídio. Penalizar o desmatamento ilegal parece ser a única solução”, afirmou.
Segundo a organização ambientalista, a principal causa da perda florestal é o avanço da fronteira agrícola para a pecuária e o cultivo da soja, que a Argentina exporta em grande parte para a Ásia e a Europa.
Este fenômeno ocorre sobretudo na região do Gran Chaco, o segundo maior ecossistema florestal da América.
O desmatamento causa desaparecimento de espécies, mudanças climáticas, enchentes, secas, desertificação, doenças, despejos de indígenas e camponeses, perda de alimentos, remédios e madeira. Estamos diante de uma óbvia emergência climática e de biodiversidade que nos obriga a agir de acordo. É hora de acabar com a impunidade”, disse Giardini.
Nesse contexto, o Greenpeace promove uma consulta popular na Argentina sobre a criminalização da destruição ilegal de florestas nativas que estará aberta à participação até 10 de outubro e cujos resultados serão apresentados no Parlamento argentino.

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