A única madeira comestível do mundo está na Argentina
A árvore Yacaratiá é a única que não tem celulose, por isso pode ser comestível. Tem uma madeira especial, pois tem 90% de umidade, uma vez cortada, se não for tratada apodrece rapidamente. Aí os índios cortaram a lenha dessa árvore e colocaram no mel da abelha loira, depois cozinharam e daí saíram os doces.
Esta árvore pode atingir de 15 a 30 metros de altura e só é encontrada na província de Misiones, no litoral argentino.
Os índios Guarani e os Jesuítas chamavam a árvore do Yacaratiá de árvore do pão e com esta árvore faziam rebuçados rudimentares para os filhos. O chef argentino Gunther Moros, que em seu restaurante Multiespacio Arami, em Misiones, oferece criações inéditas, cozinha pratos com casca comestível de yacaratia que os Guarani já consumiam e que agora está de volta à moda na província "que faz fronteira com o Brasil.
Moros cozinha com a casca dessa árvore, que mede até 30 metros e só é encontrada em Misiones, sorvetes, chocolates, alfajores, geléias e geléias.
A empresa "Yacaratia Delicatessen" de Marisa e Vanina Pascutti, mãe e filha respectivamente da cidade Eldorado (conhecida pelos chocolates de madeira) está na fase final do "Rincón del Yacaratia", um espaço interativo e expositivo, onde os Visitantes conhecerão poder conhecer ao vivo o processo de obtenção dos diferentes produtos comestíveis que são feitos da madeira da árvore Yacaratia.
O objetivo é apresentar ao público todo o processo, para poder ver como a madeira que sai da árvore se transforma em uma iguaria, um produto comestível muito saboroso que pode ser salgado ou doce ”.
Os visitantes poderão ver como a madeira chega e como se modifica quando é colocada nos potes e em todas as etapas da produção.
São feitas as mesas gastronômicas, que são utilizadas por importantes chefs de Misiones, de Puerto Madero em Buenos Aires e de diversos lugares da Argentina em geral.
Entre os chefs mais destacados que utilizam madeira comestível em seus pratos, podemos citar 11Gunther Moros de Misiones, e os chefs reconhecidos nacionalmente: Soledad Nardelli e Olivier Falchi, entre outros.
Os visitantes poderão ver como são feitos os bolinhos de madeira, lenha frita, chocolates, alfajores, doces, gelados, compotas e barras de madeira que se utilizam em receitas gourmet ou como sobremesas (semelhantes ao mamón em calda) e outras compotas.
O local fica na rota 12 nacional com placas indicando como chegar ao Rincón del Yacaratia, localizado na rua Guimarães no quilômetro 8 de Eldorado, bem próximo ao centro.
A base é sempre de madeira, a tábua é feita com um processo, é cozida em potes especiais com sacarose e glicose onde é liberado um xarope com todos os seus nutrientes, como fosfato, magnésio, cálcio e muitas fibras. Em seguida, é colocado no mel, o mel da abelha loira de Misiones, e com a serragem da madeira são feitas as compotas. E os chocolates são um pedacinho de madeira com um toque de licor, mergulhado em chocolate de boa qualidade. As tábuas a vácuo também são amplamente vendidas e os chefs as utilizam para liberar sua criatividade na criação de novos pratos e sabores regionais.
Atualmente, a produção dessa madeira comestível é realizada por famílias de empresários da área que fazem uso sustentável da floresta.
O Yacaratiá cresce dentro da selva paranaense. Sua madeira é dividida em cortes especiais e transformada em diversos processos: extração, gelificação, hidrólise. Dessa forma, são removidas substâncias que podem afetar seu sabor e, por outro lado, a rigidez da madeira é removida.
Gastronomia
Em 1996, o agrônomo Roberto Pascutti, do município de El Dorado, em Misiones, conseguiu patentear o uso da polpa da árvore endêmica jacaratiá espinosa, como seu nome científico.
Segundo suas pesquisas preliminares, o Yacaratiá possui grande valor nutricional e gastronômico. Até então, era uma espécie descartada por não fornecer celulose para a fabricação de papel.
A partir da apresentação do Yacuaratiá em feiras e exposições mundiais, surgiram as empresas familiares, posteriormente transformadas em estabelecimentos maiores, que deram início à produção de madeira comestível.
Há muitas encomendas de restaurantes e bares de vinho, especialmente. Pelo seu sabor, são muito bons para acompanhar bebidas como os vinhos tintos.
Entre alguns ingredientes, as geléias são banhadas em mel ou xarope para apresentação. Este produto já faz parte do "patrimônio cultural imaterial gastronômico gastronômico jesuíta guarani" da província de Misiones e do Litoral argentino em diferentes exposições pelo mundo.
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